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Mostra cinematográfica "Nordeste, Amazônia"
Enviado por poscultura em qua, 24/05/2023 - 15:08
Português, Brasil
Esta mostra cinematográfica traz para Salvador, pela primeira vez, um amplo retrospecto dos filmes de Adrian Cowell (1934-2011), realizados junto de seus câmeras parceiros Vicente Rios (1954-2022) e Jesco von Puttkamer (1919-1994), cujos arquivos encontram-se em dois grandes acervos no Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA) da PUC de Goiás.
Na primeira parte, no dia 23 de maio, a mostra apresenta uma trilogia inédita sobre o Nordeste, filmada em 1963, em uma viagem que partiu de Goiânia, cruzou a Bahia, foi para Recife e depois Fortaleza. Em 2009, as imagens foram telecinadas e o som restaurado. Foram realizadas novas versões para os três filmes desta série com direção de Adrian Cowell, co-produção IGPA/ Casa de Oswaldo Cruz(COC). Na versão brasileira de 2009, os títulos em português dos filmes foram sugeridos por Adrian Cowell que reviu e acompanhou todas as etapas deste trabalho, revisão da narração, digitalização das imagens e restauração do som. Puttkamer fotografava a expedição e também filmava, imagens que captam o Nordeste agitado com movimentos de base no campo e na aguas logo antes do golpe de 1964. Romeiros acompanha romarias no rio São Francisco e em Canudos, entrevista uma mulher sobrevivente do massacre de Canudos, e mostra também a luta dos camponeses comunistas; Filhos de Santo documenta um terreiro de umbanda e os rituais sagrado em Recife; Jangadeiros mostra a luta dos jangadeiros no Ceará, na mesma comunidade que havia sido visitada por Orson Welles, e que no futuro iria conseguir proteger seu território em uma reserva extrativista.
Na semana seguinte, é apresentada uma breve maratona dos principais filmes do Adrian Cowell sobre a Amazônia, e a sua grande parceria com Vicente Rios: a íntegra da série A Década da destruição, e outros filmes raros feitos no parque do Xingu entre o final dos anos 50 e o final dos 60, que integram duas séries: A Destruição do Índio e Os Últimos Isolados. São preciosidades difíceis de serem acessadas, que estão guardadas no acervo da PUC de Goiás, e que mostradas numa sala de projeção de alta qualidade permite apreciar a sofisticada fotografia dos filmes, a cargo de Puttkamer, Chris Menges e Vicente Rios, entre outros câmeras. São filmes que ganharam grande reconhecimento internacional em seus tempos, com premiações como o BAFTA inglês, considerado o Oscar da televisão.
Esta mostra visa homenagear Adrian Cowell nos dez anos de seu falecimento, e Vicente Rios, que faleceu em setembro de 2022. Integra o projeto de pesquisa e extensão “Documentando as lutas socioambientais”, que pesquisa o acervo deixado por Cowell, Rios e Puttkamer, além de procurar as conexões entre os trabalhos realizados no Nordeste e na Amazônia ao longo de mais de 50 anos de trabalho documental, e integra a rede Cinema e Meio Ambiente, da qual a UFBA participa junto da PUC/GO, a Fiocruz, a UNB, a UNIR, o Instituto Zé Cláudio e Maria, o Instituto Chico Mendes e a UNIFESSPA.
Serão realizados debates, focados em comentários aos trabalhos de forma a situar o contexto em que foram fetos, sua importância histórica e perspectivas de pesquisas, acompanhando os principais temas apresentados. Porém, a preferência escolhida à oferta dos filmes raros para serem assistidos na recém reformada Sala de Arte da UFBA e na Sala de Arte do Museu Geológico, localizada no PAC, Vale do Canela, dois espaços de grande qualidade audiovisual.
Cinco décadas filmando a Amazônia e uma incrível expedição cruzando o Nordeste
Adrian Cowell nasceu em 2 de fevereiro de 1934, em Tongshan, na China. Estudou na Austrália e na Inglaterra, e graduou-se em história pela Universidade de Cambridge, em 1955. Entre 1955 e 1956, participou de uma expedição com as universidades de Oxford & Cambridge, patrocinada pela Land Rover, de Londres até́ Singapura; e realizou uma série de três programas para a British Broadcasting Corporation (BBC), intitulada “Travellers tales”.
Entre 1957 e 1958, esteve pela primeira vez no Brasil, quando conheceu a Amazônia, numa outra expedição das universidades com a montadora. Ficou maravilhado pelo Monte Roraima, uma paixão que permeou toda a sua vida. Logo retorna ao Brasil, e em 1961, com o cinegrafista Louis Wolfers, esteve por meses no Xingu e entre Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta viagem produziu as séries “A Destruição do Índio” e “No Coração da Floresta” – também um documentário sobre o Coronel Fawcett, explorador britânico que desapareceu na Amazônia, e um filme desaparecido, A Cidade Perdida de Atlantis. Em 1963 percorreu o Nordeste de jipe com o cinegrafista Jesco von Puttkamer, que havia conhecido no Xingu por intermédio dos irmãos Villas Boas, saindo de Goiania, cruzando o São Francisco, passando por Canudos, indo até Fortaleza, depois de passar por Recife. O material bruto produzido e as milhares de fotografias que estão guardados no acervo da PUC/GO ainda é pouco conhecido, foi parcialmente digitalizado, e tem uma importância histórica: filmam um terreiro de candomblé em Recife; a luta das ligas camponesas no interior da Bahia; entrevistam uma sobrevivente do massacre de Canudos; romarias no rio São Francisco; e a organização dos jangadeiros para defender seus direitos no Ceará. Puttkamer era um extraordinário fotógrafo que, já nessa época, colaborava com a National Geographic. Desta viagem resultou a série que mostramos pela primeira vez em Salvador. Nos anos seguinte, Cowell filmou conflitos na Asia, guerrilhas independentistas do Tibet e em Burma. Ele manterá ao longo de sua vida um compromisso também com essa região do mundo, acompanhando as lutas por autonomia e independência dos países do sudeste da Asia, assim como as lutas dos povos da floresta no Brasil.
A convite dos irmãos Villas Bôas, entre 1967 e 1969 ele acompanha e registra a expedição para contatar um povo que vivia isolado na Amazônia e resistia aos avanços dos militares na construção da estrada BR163: os Panará (então chamados de Krenakore). Realiza dois filmes, o extraordinário e premiado A Tribo que se Esconde do Homem, e Reinado na Floresta sobre o trabalho dos irmãos Villas Bôas, o que projetou internacionalmente a luta pela demarcação do Xingu, e o nome dos Villas Bôas para o Nobel da Paz. Ele termina o filme antes do contato dos Panará, que foi sucedido por uma tragédia epidemiológica e um genocídio perpetrado pela ditadura. Retorna, nos anos 1990, para mostrar a luta deste povo indígena por sobrevivência, no filme Fugindo da Extinção.
Cowell retorna ao Brasil em 1980 e, numa co-produção da TV Central da Inglaterra com a PUC de Goiás, filmou sem interrupção até 1990. É quando Cowell conhece Vicente Rios, que passa a integrar sua equipe na expedição de contato liderada pelo sertanista Apoena Meireles com os Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, que vinham sendo atacados por colonos do sul do país, logo no primeiro trabalho desta serie, em 1980. A parceria com Rios intensifica a capacidade investigativa dos filmes de Cowell e a importância histórica dos registros, dando mais profundidade aos seus filmes que procuravam narrar grandes processos sociais a partir do acompanhamento de trajetórias de personagens. Rios, corajoso e talentoso, permanece quase ininterruptamente em campo por toda a década, produzindo a maior documentação fílmica dos conflitos socioambientais na Amazonia. É quando acompanham a luta de Chico Mendes, ignorado pela mídia brasileira mas que através de seus filmes se torna reconhecido internacionalmente; quando registram o primeiro contato dos Uru-Eu-Wau-Wau e conseguem uma entrevista com um seringalista onde ele assume ter cometido um genocídio; quando filmam a polícia assassinando um garimpeiro em Serra Pelada; e a resistência de posseiros contra pistoleiros no Pará – muitos utilizando a farda da polícia militar, no momento de declínio da ditadura. Nas décadas seguintes, mesmo sem o mesmo orçamento que tinha, Cowell e Rios seguem revendo as histórias que haviam filmado nos anos 1980, com a esperança de que o desmatamento da Amazônia chegasse ao fim e que os direitos dos povos indígenas, e dos povos camponeses fossem respeitados.
Cowell era um documentário extremamente ético e técnico, acreditava no poder da informação de despertar consciências, e ainda que seus filmes revelassem lutas por justiça sociais e ecológicas, ele evitava tomar partido: tentava entrevistar todas as pessoa envolvidas no conflitos, ouvir todos os lados e deixar com que cada um contasse sua versão dos acontecimentos. Dessa forma que ele conseguia, com muita estratégia e competência, também registrar as falas e as ideias de pistoleiros, fazendeiros, garimpeiros, executivos do alto escalão de mineradoras, do Banco Mundial, assim como os seringueiros, os posseiros, os camponeses, os indígenas que lutavam em campo contra essas forças predatórias.
Cowell, antes de morrer, decidiu enviar todo o seu acervo para o Brasil, para que ficasse acessível para os povos indígenas, os movimentos sociais e as universidades para a construção de um futuro mais justo. A PUC de Goias, que foi parceira na realização de muitos dos filmes de Cowell, guarda hoje esse acervo inestimável para as futuras gerações, e estabelece parcerias, como esta, para que uma parte da história do Brasil registrada por essa dedicada equipe possa ser conhecida.
Programação
Terça-feira, 23 de maio, Sala de Arte do Museu
Sessão Nordeste
O Nordeste inédito de Adrian Cowell e Jesco Von Puttkamer
- 17:00 Projeção dos filmes: Jangadeiros (dir. Adrian Cowell; 2009; 25:42 min) + Romeiros (dir. Adrian Cowell; 2009; 25:42 min)
- 18:30 Comentários: Ruben Siqueira (CPT) e Guiomar Germani (UFBA)
- 19:00 Projeção do filme: Filhos de Santo (dir. Adrian Cowell; 2009; 26:11 min)
- 19:30 Comentários: Samuel Vida (UFBA)
Segunda-feira, 29 de maio, Sala de Arte da UFBA
- 10:00 Projeção do filme: “Adrian Cowell: 50 anos no Brasil.” (dir. Vicente Rios; 2022; 1h43m)
- Sessão especial com a presença de Nilson Rios (filho do cineasta Vicente Rios)
Segunda-feira, 29 de maio, Sala de Arte do Museu
Sessão Lutas no Campo
- 17:00 Projeção do filme: Matando por Terras (dir. Adrian Cowell, co-dir. Vicente Rios; 1990; 52m) (Série A Década da Destruição)
- 18:30 Projeção do filme: Chico Mendes, Eu Quero Viver (dir. Adrian Cowell; 1984; 40 min) (Série A Década da Destruição)
- 19:30 Comentários: Nilson Rios (filho do cineasta Vicente Rios)
Terça-feira, 30 de maio, Sala de Arte da UFBA
- 09:00 Projeção do filme: Nas Cinzas da Floresta (dir. Adrian Cowell; 1984; 52 min) (Série A Década da Destruição)
- 10:30 Projeção do filme: Montanhas de Ouro (dir. Adrian Cowell; 1990; 52 min) (Série A Década da Destruição)
- 11:30 Projeção do filme: Reinado na Floresta (dir. Adrian Cowell; 2008; 26min)
Quarta-feira, 31 de maio, Sala de Arte da UFBA
- 09:00 Projeção do filme: “A Tribo que se Esconde do Homem” (dir. Adrian Cowell; 1970; 66min)
- 10:30 Projeção do filme: “Na trilha dos Uru-Eu-Wau-Wau” (dir. Adrian Cowell; 1990; 52min) (Série A Década da Destruição)
- 11:30 Comentários: Maria Rosário de Carvalho (UFBA, PINEB) e Felipe Tuxá (UFBA, PINEB)
Informações dos filmes
Jangadeiros (dir. Adrian Cowell; 2009; 25:42 min)
Sinopse: O filme se passa numa aldeia de pescadores na praia de Caponga, próximo à Fortaleza, Ceará. Um pescador chega morto na praia amarrado ao mastro da jangada. Acompanhamos o que sucede com a vida da viúva e dos filhos. O apoio da comunidade e o destino do filho mais velho, José, que agora deve assumir o posto do pai na jangada, ficando responsável pelo sustento da família. De um dia para o outro o menino de 13 anos deixa a infância, a escola e as brincadeiras e assume o lugar de proeiro na jangada. Começa a aprender sobre o comportamento dos peixes e o movimento do mar. É assim que a comunidade se organiza: as viúvas são protegidas pela solidariedade da aldeia e os valentes e obstinados pescadores enfrentam o mar com suas frágeis jangadas.
Romeiros (dir. Adrian Cowell; 2009; 25:42 min)
Sinopse: Filme realizado em 1963 nos sertões do Nordeste. Os romeiros são, em geral, vaqueiros e sua religiosidade é influenciada pela violência da luta pela terra. Cruzam quilômetros sem fim na caatinga castigada pelo sol, numa tradição mantida por milhares de devotos que se reúnem todos os anos nos locais de romarias. No final do século XIX em Canudos, uma multidão liderada por Antônio Conselheiro derrotou três expedições do exército. A munição ainda está espalhada no chão. Uma velha senhora que escapou alguns dias antes do massacre final relata o que viu. Em Juazeiro encontramos esta mesma devoção que reflete a dura vida do sertão. Herdeiro de Padre Cícero, o Beato José de Moura exerce forte influência política junto aos devotos. A aprovação de um político por José de Moura – como Padre Cícero no passado – é vital para sua eleição.
Filhos de Santo (dir. Adrian Cowell, 2009, 26:11 min)
Sinopse: Os rituais da umbanda eram os cultos que mais cresciam no Brasil na década de 1960. O filme se concentra em terreiros de umbanda nos subúrbios e favelas de Recife, onde os escravos libertos, sobretudo dos canaviais, se tornaram donos de tendas. Vemos nos rituais as oferendas e os sacrifícios para os deuses e deusas africanos que no Brasil são também reverenciados como santos cristãos: Ogum como São Jorge e Iemanjá como Maria, mãe de Cristo. O filme aborda a vida dos médiuns, sua formação como Pais de Santo e a legalização dos terreiros de umbanda. Na vida da cidade, a influência do ritmo africano na musicalidade brasileira está presente nas festas populares.
A Tribo que se Esconde do Homem (dir. Adrian Cowell; 1970; 66 min)
Sinopse: Realizado no final da década de 1960, este documentário mostra o esforço dos irmãos Villas Bôas, com a ajuda de índios de diferentes etnias, para contatar os índios isolados Panará, conhecidos como Kreen-Akarore. A abertura de uma estrada, perto do território Kreen-Akarore, ameaça sua sobrevivência. Na opinião dos sertanistas, a melhor opção para estes índios é levá-los para o Parque do Xingu antes que a estrada chegue, trazendo todos os males da nossa civilização.
Reinado na Floresta (dir. Adrian Cowell; 2008; 26 min)
Sinopse: O olhar de Adrian Cowell sobre o trabalho dos irmãos Cláudio e Orlando Villas Bôas no Parque Indígena do Xingu. Suas crenças, a influência que tiveram junto aos índios e os problemas enfrentados com as frentes de expansão que abriam estradas no Brasil Central. A preocupação dos sertanistas é de que os indígenas possam viver uma transição sutil ao mundo civilizado.
Na Trilha dos Uru-Eu-Wau-Wau (dir. Adrian Cowell; 1990; 52 min)
Sinopse: Mostra a tentativa do governo brasileiro, através da FUNAI, de fazer o primeiro contato com o grupo indígena ainda desconhecido dos Uru Eu Wau Wau. O desenvolvimento em Rondônia atraía cada vez mais lavradores do sul do país para o estado. Impulsionados a penetrarem na floresta, os colonos se aproximavam cada vez mais do território Uru Eu Wau Wau. Nesta conjuntura, o rapto de uma criança branca pelos Uru Eu Wau Wau aumenta o rancor dos colonizadores contra os índios. Paralelamente, a Funai organiza uma expedição para contatá-los, com o objetivo de protegê-los do avanço dos brancos sobre seu território.
Saiba mais: https://basearch.coc.fiocruz.br/index.php/na-trilha-dos-uru-eu- wau-wau-search-for-kidnappers
Matando por Terras (dir. Adrian Cowell, co-dir. Vicente Rios; 1990; 52m)
Sinopse: Rodado na fronteira leste da Amazônia, ao longo da rodovia Belém Brasília, em 1986, período em que foram assassinadas mais de 100 pessoas. Grandes fazendeiros, prestes a perder benefícios adquiridos durante o governo militar, contratam pistoleiros para expulsar um grupo de sem-terra acampado. Casas queimadas, assassinatos, famílias expulsas: fatos que levam à retaliação dos sem-terra com queimada de pastos e protestos, forçando os pistoleiros a abandonar o local e à partilha das terras por intermédio do Incra. Contudo, a eficácia de tais medidas só dura até o assassinato de mais dois sem-terra e de uma criança de três anos. Nem mesmo a polícia ousa enfrentar os assassinos e a justiça liberou os mandantes do crime por falta de evidências. Uma entrevista com o pistoleiro mais famoso da região, conhecido por ter assassinado mais de 300 pessoas, deixa evidente que a justiça não alcança pistoleiros e latifundiários.
A versão brasileira deste filme, que teve produção, tradução e narração feitas por Adrian Cowell, só foi realizada em 2011 por medida de proteção à personagens que denunciam e nomeiam os mandantes dos assassinatos narrados pelo filme. Adrian Cowell faleceu no dia 11 de outubro de 2011, véspera de viagem ao Rio de Janeiro onde acompanharia a gravação da narração e finalização da versão brasileira feita pela equipe.
Chico Mendes, Eu Quero Viver (dir. Adrian Cowell; 1984; 40 min)
Sinopse: Este filme registra a trajetória de Chico Mendes, líder seringueiro no Acre, em defesa da Amazônia. Com filmagens realizadas entre 1985 e 1988, Adrian Cowell e Vicente Rios acompanharam Chico Mendes na organização dos seringueiros em defesa da floresta. Nestes anos, foi criada a Aliança dos Povos da Floresta, firmando a aliança entre seringueiros e indígenas na luta pela demarcação das primeiras reservas extrativistas na Amazônia e a demarcação dos territórios indígenas. O filme mostra, ainda, a trama armada para assassinar Chico Mendes e as repercussões no Brasil e no mundo.
Nas Cinzas da Floresta (dir. Adrian Cowell; 1984; 52 min)
Sinopse: Este filme é apresentado por José Lutzemberger, grande ativista do ambientalismo no Brasil, que se tornou um grande amigo de Adrian Cowell. Lutzemberger condena o programa de colonização do governo. Ele levou sua campanha para Washington e se uniu aos esforços de ONGs internacionais atacando e criticando o empréstimo do Banco Mundial para o Projeto Polonoroeste. A partir da construção da BR-364 em Rondônia, e da ‘estrada de penetração’ 462, o filme traça um panorama abrangente de como a política do governo brasileiro para ocupação da Amazônia na década de 1980, levou à degradação de enormes áreas de floresta.
Montanhas de Ouro (dir. Adrian Cowell; 1990; 52 min)
Sinopse: Adrian Cowell analisa a dinâmica econômica, social e ambiental na província mineral mais rica do planeta: Carajás. Investiga também os conflitos e contrastes entre a atuação da empresa, dona da concessão, e dos garimpeiros, a ascensão e queda da produtividade no garimpo de Serra Pelada, o crescimento exponencial da produção industrial ao longo da década de 80 e o rastro de destruição deixado na floresta ao redor.
Saiba mais sobre Adrian Cowell, Vicente Rios e Jesco von Puttkamer
- https://mostraadriancowell.com.br/
- https://www2.pucgoias.edu.br/igpa/galeria/sobre/
- https://imagensamazonia.pucgoias.edu.br/
Notícias, artigos e teses
- https://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/morre-vicente-rios-o-maior-cinegrafista-da-amazonia/
- https://festcinebrasilia.com.br/uma-decada-sem-adrian-cowell-por-felipe-milanez/noticias/
- https://www.amazonialatitude.com/2023/02/02/os-inimigos-de-adrian-cowell-o-documentarista-da-prudencia/
- https://www.cartacapital.com.br/opiniao/uma-decada-sem-adrian-cowell/
- https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18012019-145512/en.php
- https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrande/article/view/5590
- https://editorialpaco.com.br/obra-cinematografica-de-adrian-cowell-um-legado-para-a-amazonia/
- https://www.youtube.com/watch?v=IBRfpSGblL0&t=1688s
- https://acervo.socioambiental.org/index.php/acervo/noticias/matando-por-terras